quinta-feira, 8 de julho de 2010

Outra chance

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Deviamos ter feito tudo diferente, mas não foi assim. Cá entre nós, até gosto desse sorriso que carrego comigo agora, das buscas por prazeres insanos, e de como você pode levar o sol de mim em pleno inverno.


Foi tudo uma forma de me mostrar como não valia a pena, como fez falta só me mostrou o quanto me iludi sozinha, e assim notei que faltava muito para que - sobre cacos de vidros - eu soubesse caminhar sem me cortar.

Passei dias entre ânsias, dores, crises comigo mesma, semanas sentada nessa rede que dá de frente pra uma rua onde nada acontece, até que ví a chuva cair, as flores nascerem, o sol se pôr, e enjoei de perder tempo.

Foi tudo uma má interpretação, eu poderia ter andado pelas ruas a madrugada inteira, ter tropeçado mais nas minhas próprias palavras, mas eu me contentei em te amar, em me perder, e te amando eu esquecia de tudo, e me perdendo eu não sabia mais achar o caminho, e não achando o caminho, esquecendo de tudo, eu não tinha o que fazer, para onde ir.

Eu fui bem maior que eu, aqui estamos nós outra vez, mas agora é pra eu lhe dar apoio, lhe ajudar, lhe dar a mão, e eu vou partir pra essa caminhada, de mãos dadas contigo, não porque preciso estar com você para ver um sorriso nascer no meu rosto, mas porque assim pode ser bem melhor - ou não. Como eu posso saber?

Não precisa prometer que irá pra sempre caminhar comigo nem nada, eu te dou a mão e vou, assim como está pedindo, mas me dê uma única segurança, se der errado, me deixe em casa, aonde me encontrou.