quinta-feira, 8 de julho de 2010

Te acompanho.

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O negócio é que o tempo passou, e ela havia dito a ele: - Se você sair por essa porta seguirei minha vida. Assim foi feito, esqueceu os planos, as metas, o futuro idealizado, mudou tudo dentro de sí. Reciclou.


Bem como uma tempestade, no começo se molhou muito, ficou com frio, medo, só que depois a chuva passou, o sol apareceu, e ela continuava forte e inteira.

Se encontraram essa semana em uma cafeteria da cidade, ela pedia um capuccino enquanto ouvia uma voz suave e não estranha aos seus ouvidos, pedindo um café espresso, olhou para o lado, sentado sozinho no balcão, ele.

Não deixou de comprimenta-lo, ele retribuiu tamanha simpatia sentando ao seu lado e dando início a uma conversa, disse que ela havia mudado muito até mesmo físicamente, ela respondeu sem pensar: - Se eu continuasse igual, não conseguiria deixar de te amar.

Ele ficou meio intrigado, com um aperto no peito, um olhar embriagado, disse a ela como foi difícil suportar tantos invernos sem os abraços dela, falou que nunca quis deixar de amá-la, portanto continuou o mesmo.

E ela perguntou: - Se nunca quis deixar de me amar porque foi embora?

Enquanto deixava as lágrimas cair, disse: - Eu não sabia que te amava tanto, que nunca iria te esquecer, que iria te procurar tanto e me desesperar por não achar, que me arrependeria dessa maneira.

Olhando fixamente pra ele, ficou um tempo calada até questionar: - Se eu for embora dessa vez, o que irá fazer? Sem precisar pensar, respondeu: - Te acompanho.