terça-feira, 20 de julho de 2010

Me ame, mas não devore.

0 Comments

No amanhecer, ao pôr do sol, sob a luz do luar, sempre carinho, nenhuma circunstância me fazia te amar menos, e por te amar esperava tudo de ti, não há nada de errado nisso, você fazia o máximo que podia, e isso bastava.
Nos amávamos tanto, talvez fosse o seu jeito tímido, o seu sorriso de canto, o abraço apertado e seguro, seu jeito conservador, os cuidados comigo, as censuras diante as minhas roupas, meu jeito de falar, meu amor pelos amigos, nossas brigas, nos amávamos do pólo norte ao pólo sul, de trópico a trópico, eramos uma coisa só, nos encaixávamos como ninguém, um completar lindo.
Eu podia sentir seu coração pulsar diferente pelo olhar, saber o que estava acontecendo pelo timbre da voz ao telefone, te conhecia melhor que você mesmo, e vice-versa, dividíamos os segredos, as loucuras, fazíamos tudo que podíamos por essa amizade, entre homem e mulher sempre é complicado, conseguíamos ter toda a antipatia física necessária, nossa aproximação foi para amar, não para devorar.
Até um de nós aparecer com uma nova paixão, pouco a pouco cada um seguiu sua vida, e de ti, guardo boas lembranças, como os recados enviados com um bombom, os cartões no meio dos livros, os bilhetinhos colocados na carteira, as fotos, os conselhos, o amor.
Quem sabe a gente se encontra e então podemos nos devorar, ou nos amar, tanto faz - se for pra ficar ao seu lado talvez eu faça o que você quer. Seja como for hoje tenho certeza que contigo, tudo é mais lindo. Promete não tentar desvendar o mistério? Prefiro continuar como sempre foi, só observando, sem desejo algum de desvendar a nossa ligação.