terça-feira, 20 de julho de 2010

pensamentos jogados

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Nunca ninguém sabe o que se deve fazer com precisão, fazemos o que dá na telha, o que convém ou aquilo que parece mais certo, mais sensato. Muitas vezes acreditamos que tenha dado certo, que apostamos nossas fichas em algo que realmente valesse a pena e de repente tudo congela.
Porque não adianta fazer a coisa certa, tem que preencher o vazio, ocupar o espaço que as células não ocupam, encher o tudo de incompreensão, loucuras, mentiras, pode-se encher o vazio, de vazio e aí tudo fica cheio de nada, para que congele lentamente, ainda assim não adianta.
A gente quer calor, abraço, que as coisas sejam de determinado jeito, queremos que entendam nossos problemas e que passem a mão nas nossas cabeças, que nós dêem força e encham nossos olhos de esperança, a gente quer dar a cara a tapa e não apanhar, sejamos racionais ao usar a emoção, ousar não - só as vezes.
Ainda que se fira facilmente sem intenção, é preciso ter cuidado, porque geralmente quem fere, sai ferido, a história de esquecer sempre é mentira, ninguém esquece as decepções e os erros recebidos - os cometidos sim. Melhor não pensar tanto, ficaremos cegos de amor, lutaremos contra nos mesmos, enlouqueceremos e se necessário iremos deixar rolar, seremos tudo. Nada. Se calhar, podemos ser o meio termo.
O que a vida nos escreve, escrevemos sobre nós. Por isso não vai adiantar cobrar amor, precisamos ser tolerantes com todos os corações, nada de ser leviano. Não cai bem.
Entre erros e acertos, procure notar que todo mundo tenta dar o melhor, ninguém age errado de propósito, todo mundo está aqui tentando ser feliz, em busca do prazer, e pra isso é preciso de colo, compreensão, carinho, loucuras, coragem, nenhum espaço vazio. Precisamos de proteção, para que possamos nos descobrir sem medo, ir cada vez mais fundo para ter uma quase certeza do que realmente se é.